Legista canadense afirma que Arturo Gatti foi vítima de estrangulamento

"A polêmica e o mistério envolvendo a morte do pugilista Arturo Gatti, em julho de 2009, em Pernambuco, ganhou mais um capítulo. Segundo a análise do legista Jean Brochu, do Canadá, a morte de fato foi por estrangulamento, como a perícia brasileira havia informado. Entretanto, ele diz que os métodos usados pelos investigadores para examinar a cena da morte podem levantar dúvidas e acredita que as circunstâncias (suicídio ou assassinato) da morte não podem ser determinadas com segurança.

Ele também analisou que a segunda patologia, conduzida em Montreal, indicou que a lesão na cabeça de Gatti, sofrida em uma briga fora do hotel, foi de "importância limitada, provavelmente insuficiente para resultar num estado alterado de consciência ou na inabilidade de se defender, e não contribuíram de forma alguma para a morte".

Uma investigação privada, encomendada pelo ex-empresário de Gatti, Pat Lynch, concluiu que o boxeador foi assassinado, contrariando a conclusão divulgad, em 2009, de que ele havia se suicidado. A esposa de Gatti, Amanda Rodrigues, chegou a ser presa por suspeita de homicídio, mas foi solta 18 dias depois, quando a polícia determinou que o pugilista teria se estrangulado com uma alça de bolsa.

Arturo Gatti foi campeão mundial de boxe em três categorias diferentes: superpena pela Federação Internacional de Boxe, meio-médio ligeiro pelo Conselho Mundial de Boxe e meio-médio pela Associação Internacional de Boxe. O canadense, nascido na Itália, se aposentou em 2007 com um cartel de 40 vitórias e nove derrotas. Em 11 de julho de 2009, aos 37 anos de idade, ele foi encontrado morto no quarto de um hotel em Ipojuca, onde passava férias com a esposa e o filho, então com apenas 10 meses. Testemunhas contam que Gatti e Rodrigues foram vistos discutindo em público no dia anterior, e que o boxeador brigou na rua na mesma data."